Sabe o que era? Era uma caixa de madeira com um buraco na tampa, posta à mão direita de quem entrava na casa do Senhor, onde se lançavam ofertas em dinheiro. Não foi ordenada por Moisés. É uma invenção do rei Joás com o sacerdote Joiada [II Reis 12, II Crônicas 24]. No tempo do Senhor Jesus, havia uma à entrada do templo também [Lucas 21, João 8].
Pois bem, como esteve em voga dar uma espiadinha, andei bisbilhotando e dei uma olhadinha no que havia nessa caixa, nos dias do rei Joás. Não encontrei nenhum envelopezinho de dízimo com o indefectível Malaquias 3! Também, pudera! Não seria possível pôr nela o cereal, nem o vinho, nem o azeite. Muito menos gado. Dê uma espiadinha também, conferindo as referências acima.
Percebeu como uma leitura feita com atenção traz luz e conhecimento? Até onde nada se fala sobre o dízimo, você pode aprender a verdade sobre ele. Na relação das ofertas, que seriam lançadas no gazofilácio, não consta o dízimo, apenas a taxa pessoal ou imposto, o regate de pessoas [Êxodo 30] e de primogênitos de animais imundos, a quinta parte (20%) dada em resgate de alguma coisa [Levítico 27], e ofertas voluntárias. Hoje, constaria no topo da lista com certeza.
E por falar em leitura feita com atenção, lembrei-me de um episódio, que ilustra muito bem essa circunstância. Perguntei a alguns leitores da Bíblia recentemente: Você sabe como se chamava o pai do apóstolo Pedro? Ninguém atinou com a resposta. E você, leitor, sabe? Se não souber, é porque não leu com atenção os evangelhos. Porque essa informação foi repetida pelo menos três vezes. E se você não sabe como se chamava o pai de Pedro, certamente nunca saberá dizer como se chamava a mãe de Tiago e João!